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Duplicação da BR-101 em Itabela e Eunápolis já deveria ter sido entregue, mas ainda nem saiu do papel

 

A BR-101 tem início no município de Touros, no estado do Rio Grande do Norte, e termina em São José do Norte, no Rio Grande do Sul. Ao lado da BR-116, é um dos principais eixos rodoviários do país com 4.650 km de extensão. Construída pelo Exército entre os anos de 1950 e 1960, passa por doze estados através do litoral brasileiro.

Anunciada em setembro de 2013, no governo de Dilma Roussef, pelo então ministro dos Transportes, César Borges, as obras de duplicação da BR-101, trecho entre Itabatã e Eunápolis, deveriam terem sido concluídas desde o ano de 2020, mas sequer saíram do papel.

Durante entrevista coletiva, no dia 22 de agosto, de 2014, faltando poucos dias para as eleições estaduais daquele ano, o então governador Jaques Wagner anunciou que no mês seguinte (setembro) estaria licitando o trecho da BR-101 entre Eunápolis e Mucuri, na divisa com o Espírito Santo.  Segundo Wagner, o então ministro dos Transportes Paulo Sérgio Passos, que subtistuiu César Borges, disse que também iria ser feita a duplicação da BR-415, entre Ilhéus e Itabuna.

O projeto previa que a empresa ganhadora executasse as obras de duplicação da Rodovia BR-101 no trecho que compreende do distrito de Itabatã, no município de Mucuri, ao trevo da cidade de Feira de Santana, uma extensão de 772 quilômetros, a partir de janeiro de 2014. O trecho total deveria ficar pronto em 2023. No papel, a obra entre Itabatã e Eunápolis, que são 220 quilômetros de extensão, seria executada com verbas 100% federais, o que possibilitaria sua conclusão mais rápida, com prazo final para 2019. A obra previa ainda, construção de viadutos e passarelas nas cidades de Teixeira de Freitas, Itamaraju, Itabela e Eunápolis.

Com a duplicação dos 772 quilômetros anunciados por César Borges, a BR-101 seria reformulada até o Espírito Santo, tendo em vista que nas obras da duplicação da BR-101 no estado Capixaba, estão inclusos 22 quilômetros no território baiano até o distrito de Itabatã, em Mucuri, onde o projeto saiu do papel, mas também anda a passos lentos.

Em outubro do ano passado (2020), o Governo Federal, através do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), retomou as obras de duplicação da BR-101 na Bahia. Os serviços correspondem aos lotes 1 e 2, com 80 quilômetros de extensão entre os municípios de Rio Real, Esplanada e Entre Rios. Com investimento de aproximadamente R$ 55 milhões, as obras de duplicação desse trecho têm previsão de término em março de 2021. Já no trecho que corta o extremo sul do estado, entre Eunápolis e Teixeira de Freitas, não há previsão oficial para início das obras.

A duplicação da rodovia ajudaria não só na fluidez do trânsito, como também estima-se a diminuição do número de acidentes, principalmente as colisões frontais, quase que em sua totalidade, causadas por tentativas de ultrapassagens.

Segundo dados da CNT (Confederação Nacional do Transporte), em 2020 foram registrados 738 acidentes no trecho da BR-101 que passa pelo estado da Bahia, com 159 mortes.

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