A revelação reforça informação publicada pela coluna no fim do mês de abril, de que o senador Ciro Nogueira (PP-PI) tem afirmado a empresários e banqueiros que a CPI não dará em nada.
Em jantar em São Paulo com um grupo em que estavam representantes dos bancos Itaú, BTG e Bradesco, além de industriais, ele afirmou que, caso o relatório de Renan Calheiros seja contra o governo, os parlamentares da base de Jair Bolsonaro farão um documento alternativo, livrando o presidente de responsabilidade.
“Se houver provas sobre os morticínios, haverá, sim, responsabilização”, diz Renan Calheiros. “A CPI não é uma briga de governo e oposição. Nem de grupos ideológicos. Ela quer mostrar a verdade. E vai mostrar o que aconteceu e o que fizeram para salvar, ou não salvar, vidas”, afirma o Renan Calheiros.
Ele diz que a população está, sim, interessada nos trabalhos da comissão. E que pesquisas mostram “que é aprovada por 70% da população”.
Calheiros afirma ainda que a CPI já está tendo impactos positivos, como a aceleração do governo em busca de vacinas.
A comissão já tomou os depoimentos dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich e do atual comandante da pasta, Marcelo Queiroga.
Nesta semana, já estão marcados os depoimentos do ex-secretário de Comunicação do governo, Fabio Wajngarten, que acusa o Ministério da Saúde de incompetente na compra de vacinas, e do ex-chanceler Ernesto Araújo.