Especialistas fazem projeções de 3ª onda de Covid-19 no Brasil caso vacinação siga lenta
Cientistas dos Estados Unidos (EUA) e aqui do Brasil veem possibilidade de uma nova escalada de contaminações e agravamento da pandemia da Covid-19 no país. Nos meses de março e abril estados do país inteiro sofreram com uma segunda onda com altos índices de novos casos, mortes e colapso dos sistemas de saúde. A possibilidade de uma terceira onda é vista como real, caso a vacinação no Brasil não avance de forma mais rápida.
A previsão do Instituto de Métricas de Saúde e Avaliação da Universidade de Washington, nos EUA, que tem se destacado por suas projeções certeiras desde o início da pandemia, é de que as mortes causadas pela Covid-19 no Brasil podem chegar a marca de 751 mil até 27 de agosto. As informações são de reportagem do jornal O Globo.
“Evitá-la vai depender muito da vacinação, que já se mostra efetiva na redução de mortes e internações. Temos que vacinar 1,5 milhão de pessoas ao dia, idealmente 2 milhões. E ter cautela na flexibilização das medidas de isolamento”, explicou Ethel Maciel, professora da UFES e doutora pela Univesidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
A matéria destaca que a projeção ainda considera o uso de máscaras por 95% da população no país. Mas é de conhecimento geral que, mesmo passado mais de um ano desde que o equipamento de proteção se tornou obrigatório, ainda há quem não o utilize, ou que use de for incorreta. As máscaras são comprovadamente eficazes na proteção contra a infecção, e reduzem consideravelmente as chances de contaminação. Mas para realmente funcionarem, precisam estar bem vedadas e cobrir a boca e o nariz.
No pior cenário, os cientistas fizeram uma projeção sobre a possibilidade da variante de Manaus seguir espalhando e de as pessoas vacinadas não usarem mais máscaras. Caso isso ocorra, as mortes diárias por Covid-19 no Brasil podem voltar ao patamar de 3,3 mil em torno de 21 de julho e o total alcançaria 941 mil mortes em 21 setembro.
Os dados do Instituto de Métricas são usados em avaliações da pandemia pela Casa Branca e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço latino-americano da Organização Mundial da Saúde (OMS).